2007/07/27

"QUANTO MAIS CONHEÇO A HUMANIDADE MAIS GOSTO DOS ANIMAIS"

Há coisas que me deixam profundamente triste e enraivecida com a humanidade, mas o povo português consegue surpreender-me bastante pela negativa. Abrimos um jornal ou ligamos uma televisão e vemos nada mais do que a intolerância e a estupidez das pessoas. Não consigo compreender o que determinados grupos, raças ou pessoas, têm de tão ameaçador que levem outras a tomar as atitudes absurdas que tomam. É o ódio pelo ódio, a repulsa do que é diferente, a marginalização do que é estranho, só por ser estranho! O que leva uma pessoa supostamente com uma mente sã, sentir-se incomodada por outra que simplesmente é diferente dela? É a diferença que nos torna únicos, e como consequência seres complexos, interessantes e autênticos!
Porque temos nós que renegar a diferença, sermos intolerantes e discriminatórios? Discriminam-se as mulheres divorciadas, as mulheres agredidas, as com filhos fora do casamento, as mulheres em geral... descriminam-se os deficientes físicos, os deficientes mentais, os pretos, os amarelos e os vermelhos. Discriminam-se os homossexuais, os bi-sexuais, os metro-sexuais, os ciganos, os idosos, os mendigos, os analfabetos, os doentes terminais, os portadores de doenças infecciosas, os que praticam outras religiões, os vegetarianos, os pobres e tantos outros. Como podemos respeitarmo-nos a nós mesmos, ou se quer exigir respeito, se não respeitamos os outros e as diferenças que nos separam? A minha fé na raça humana é cada vez menor.
Para mim, a mente humana colectiva transformou-se numa pocilga de pensamentos fétidos e estagnados que há muito necessita de uma limpeza.

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